Foto: Estadão Conteúdo
Medindo a escala do terremoto Marina e seus efeitos para Dilma e Aécio
A última pesquisa do Ibope, divulgada na terça-feira (26), deu Dilma 34%, Marina 29% e Aécio 19%.
Comparando com a pesquisa Ibope feita no dia 6 de agosto, antes da morte de Eduardo Campos e do início do horário político na TV, é possível ter uma ideia do grau de intensidade do TERREMOTO MARINA na sucessão presidencial. A candidata do PSB mexeu com a intenção de voto em segmentos-chave do eleitorado.
Separei alguns dados:
No NORDESTE o abalo atingiu principalmente a candidatura Dilma, que do início de agosto para cá perdeu 5 pontos, indo de 51% para 46%. Aécio se manteve com 11% e Marina estreou com 27% das intenções de voto entre os nordestinos.
Este é um dado crucial pois, em termos de regiões do país, era no Nordeste que Dilma vinha sustentando sua liderança nos últimos meses e é, como se sabe, uma das bases eleitorais do chamado “lulismo” desde as eleições de 2006. Até a entrada de Marina, Dilma liderava com larga margem no Nordeste, o que compensava-lhe o desempenho pior em outras regiões, em especial no Sudeste.
Entre ELEITORES QUE GANHAM ENTRE 1 e 2 SALÁRIOS MÍNIMOS de renda familiar o abalo sísmico foi sentido tanto por Dilma (perdeu 6 pontos, indo de 42% para 36%) como por Aécio (perdeu 4 pontos, indo de 19% para 15%), sendo que Marina cravou 28%.
Junto com a queda no Nordeste, este talvez seja o número mais preocupante para Dilma, pois ela vinha liderando com vantagem expressiva entre eleitores de renda mais baixa, que são 42% do eleitorado. Esta é a base eleitoral do chamado “lulismo” desde 2006 e quem quer se eleger presidente precisa conquistar este eleitorado. Para Aécio a situação nesta faixa, que já era ruim (o tucano não cresceu aí nos últimos meses) ficou pior.
Entre eleitores que têm ENSINO SUPERIOR o bichou pegou para Aécio: ele perdeu 8 pontos entre uma pesquisa e outra, foi de 35% para 27%. Dilma se manteve na faixa dos 24% e Marina, nessa faixa do eleitorado, está com 33%.
Este dado é ruim para o tucano, pois este é um eleitorado do PSDB há muito tempo e pode indicar tendências em relação a voto nas grandes cidades, no Sudeste e nos meios urbanos.
Entre ELEITORES QUE GANHAM MAIS DE 5 MÍNIMOS o bicho pegou para Aécio, que caiu 6 pontos, indo de 38% para 32%, sendo que Marina ficou com 28%.
De novo, o tucano se vê diante de uma possível corrosão de um eleitorado que é cativo das oposições.
Entre JOVENS DE 16 a 24 ANOS a banda desafinou para Dilma, que teve queda de 38% das intenções de voto para 29%, um dos maiores efeitos localizados do terremoto Marina, que nessa faixa obteve 31%.
Embora numericamente não tão expressivo, o eleitorado dessa faixa etária é dinâmico: é ele que acessa mais as redes sociais, que está mais nas ruas, correndo atrás da vida. Não à toa, Dilma vem falando muito em juventude e realçando o Pronatec na TV – é um eleitor estratégico, afinal, o “futuro” do país.
Comparando com a pesquisa Ibope feita no dia 6 de agosto, antes da morte de Eduardo Campos e do início do horário político na TV, é possível ter uma ideia do grau de intensidade do TERREMOTO MARINA na sucessão presidencial. A candidata do PSB mexeu com a intenção de voto em segmentos-chave do eleitorado.
Separei alguns dados:
No NORDESTE o abalo atingiu principalmente a candidatura Dilma, que do início de agosto para cá perdeu 5 pontos, indo de 51% para 46%. Aécio se manteve com 11% e Marina estreou com 27% das intenções de voto entre os nordestinos.
Este é um dado crucial pois, em termos de regiões do país, era no Nordeste que Dilma vinha sustentando sua liderança nos últimos meses e é, como se sabe, uma das bases eleitorais do chamado “lulismo” desde as eleições de 2006. Até a entrada de Marina, Dilma liderava com larga margem no Nordeste, o que compensava-lhe o desempenho pior em outras regiões, em especial no Sudeste.
Entre ELEITORES QUE GANHAM ENTRE 1 e 2 SALÁRIOS MÍNIMOS de renda familiar o abalo sísmico foi sentido tanto por Dilma (perdeu 6 pontos, indo de 42% para 36%) como por Aécio (perdeu 4 pontos, indo de 19% para 15%), sendo que Marina cravou 28%.
Junto com a queda no Nordeste, este talvez seja o número mais preocupante para Dilma, pois ela vinha liderando com vantagem expressiva entre eleitores de renda mais baixa, que são 42% do eleitorado. Esta é a base eleitoral do chamado “lulismo” desde 2006 e quem quer se eleger presidente precisa conquistar este eleitorado. Para Aécio a situação nesta faixa, que já era ruim (o tucano não cresceu aí nos últimos meses) ficou pior.
Entre eleitores que têm ENSINO SUPERIOR o bichou pegou para Aécio: ele perdeu 8 pontos entre uma pesquisa e outra, foi de 35% para 27%. Dilma se manteve na faixa dos 24% e Marina, nessa faixa do eleitorado, está com 33%.
Este dado é ruim para o tucano, pois este é um eleitorado do PSDB há muito tempo e pode indicar tendências em relação a voto nas grandes cidades, no Sudeste e nos meios urbanos.
Entre ELEITORES QUE GANHAM MAIS DE 5 MÍNIMOS o bicho pegou para Aécio, que caiu 6 pontos, indo de 38% para 32%, sendo que Marina ficou com 28%.
De novo, o tucano se vê diante de uma possível corrosão de um eleitorado que é cativo das oposições.
Entre JOVENS DE 16 a 24 ANOS a banda desafinou para Dilma, que teve queda de 38% das intenções de voto para 29%, um dos maiores efeitos localizados do terremoto Marina, que nessa faixa obteve 31%.
Embora numericamente não tão expressivo, o eleitorado dessa faixa etária é dinâmico: é ele que acessa mais as redes sociais, que está mais nas ruas, correndo atrás da vida. Não à toa, Dilma vem falando muito em juventude e realçando o Pronatec na TV – é um eleitor estratégico, afinal, o “futuro” do país.
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