COM CRISE NA GRÉCIA,AÇÕES NA EUROPA TÊM MAIOR QUEDA SEMANAL DO ANO

Idoso chora e é amparado em frente a agência bancária em Thessaloniki  (Foto: AFP)

Idoso chora e é amparado em frente a agência bancária em Thessaloniki (Foto: AFP)

Com crise na Grécia, ações na Europa têm maior queda semanal do ano

Índices das ações mais negociadas fechou a semana com recuo de 5%.
Mercado repercute incertezas sobre o referendo no domingo.

03/07/2015 15h04 

O índice das ações mais negociadas da zona do euro recuou nesta sexta-feira (3) e marcou a maior queda semanal deste ano, pressionado pela incerteza acerca do referendo da Grécia sobre os termos do resgate, que pode determinar se o país permanece no bloco de moeda única.

O índice de blue chips Euro STOXX 50, que reúne os papéis mais negociados, fechou em queda de 0,62%, acumulando baixa de 5% na semana, a pior desde a queda semanal de 6% apurada em dezembro.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis europeus, caiu 0,62%, a 1.518 pontos.
As bolsas europeias têm recuado devido às preocupações com a crise de dívida da Grécia, mas as baixas foram limitadas em parte por estímulos econômicos do Banco Central Europeu (BCE), incluindo ajuda para bancos gregos.
Grécia não realizou um pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceu nesta semana e realizará um referendo no domingo sobre se aceita as exigências dos credores em troca de ajuda financeira. Os campos de "Sim" e "Não" mostravam-se aproximadamente equilibrados.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,67%, a 6.585 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,37%, a 11.058 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,57%, a 4.808 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,48%, a 22.508 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,61%, a 10.779 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,68%, a 5.579 pontos.

RESUMO DO CASO

- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
- Essa dívida foi financiada por empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do resto da Europa.
- Na última terça-feira (30), venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Então, o país entrou em "default" (situação de calote), o que pode resultar na sua saída da zona do euro.
- Essa saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. Não existe um mecanismo de "expulsão" de um país da zona do euro.
- Como a crise ficou mais grave, os bancos estão fechados nesta semana para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.
- A Grécia depende de recursos da Europa para conseguir fazer o pagamento ao FMI. Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e aumente impostos para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também venceu nesta terça-feira.
O governo grego apresentou uma nova proposta de ajuda ao Eurogrupo, grupo que reúne ministros da União Europeia, fazendo concessões, mas rejeitando algumas das medidas de cortes mais duras.
- O primeiro-ministro grego convocou um referendo para domingo (5 de julho). Os gregos serão consultados se concordam com as condições europeias para o empréstimo.
- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na zona do euro. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
- Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é "terceirizada" para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.


Fonte:http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2015/07/com-crise-na-grecia-acoes-na-europa-tem-maior-queda-semanal-do-ano.html

Idoso chora e é amparado em frente a agência bancária em Thessaloniki  (Foto: AFP)

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