HOMOFOBIA NO BRASIL : ESTATÍSTICAS DE GUERRA

Homofobia no Brasil: estatística de guerra

Veja o mapa dos assassinatos de LGBTs em 2012. Clique nos estados para ver o número de vítimas e para zom em [ + ] e [ - ] ou para mover, click e arraste.

Os assassinatos são, em geral, marcados pela violência extrema. Além da arma de fogo, muitas vítimas foram mortas por armas brancas – faca, foice, machado – espancamento e enforcamento. Há ainda casos de degolamento, tortura e carbonização. Essas características indicam que se tratam não de ocorrências banais, mas de crimes de ódio contra a população LGBT.

O levantamento é feito com base em notícias que circulam na internet ou publicados em jornais. Não cobre, portanto, a totalidade dos casos, que certamente superam os números levantados.

ATENÇÃO: As notícias de jornal sobre assassinatos de LGBT no site QUEM A HOMOFOBIA MATOU HOJE são transcritas como no original, a fim de permitir ao leitor e estudiosos analisar eventuais preconceitos e imprecisões no discurso jornalístico. Frequentemente os jornais ainda usam o masculino para se referir as mulheres trans (travestis e transexuais), embora desde os anos 90 o GGB tenha introduzido no Brasil o uso correto do feminino – as travestis, as transexuais, para as trans que vivenciam o papel de gênero feminino. Acrescentamos sempre o nome social feminino na manchete quando indicado na matéria. Seguimos igualmente a mesma tendência do BRASIL SEM HOMOFOBIA, DIA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA que incluem sob o genérico HOMOFOBIA, todas as manifestações de preconceito, discriminação e violência contra as minorias sexuais atualmente identificadas como LGBT. Tanto as principais lideranças LGBT do Brasil, quanto a mídia e o povo em geral entendem Homofobia como conceito abrangente, embora em casos específicos seja mais oportuno usar lesbofobia, transfobia.

Sem título.4

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O relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB) de 2013-2014 também mostrou como a intolerância a homossexuais mata. Mais especificamente, um gay é morto a cada 28 horas no país. Foram documentados 312 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2013. O Brasil continua sendo o campeão mundial de crimes homo-transfóbicos: segundo agências internacionais, 40% dos assassinatos de transexuais e travestis no ano passado foram cometidos aqui.

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Com base em pesquisas do Mapa da Violência, do Ipea e do GGB, o Brasil Post fez um ranking dos estados mais perigosos para ser uma mulher, um negro ou um homossexual. Confira o resultado nas listas com os números absolutos discriminados abaixo:

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capa1

High Murder Rate for LGBT People in Brazil

The Gay Group of Bahia, one of Brazil’s leading LGBT activist groups, has for thirty years been compiling and publishing statistics on the murders of LGBT people, based on media reports. These show that Brazil has the highest murder rates for LGBT people in the world. They have been used by human rights groups in Brazil and abroad to press for greater legal protection.

2013 were documented 312 murders of gays, transvestites and lesbians in Brazil, a murder every 28 hours! A small decrease (-7.7%) compared to last year (338 deaths), but an increase of 14.7% since the inauguration of President Dilma. 40% of the murders of transsexuals and transvestites last year were made in Brazil.

Brazilian activists are calling for four measures to reduce this appalling homophobic crime rate: sex education to teach the population to respect the human rights of homosexuals; the passing of laws to guarantee full citizenship to LGBT people, by equating homophobia to the crime of racism; demanding that the police and justice system investigate and severely punish homo- and transphobic crimes; and, finally, warning gay men, lesbians and trans to avoid situations which put them at risk.

To read the full report, just click here below

The report is in Portuguese but the charts are fairly easy to understand.

Please distribute this to anyone who may be interested.

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Relatórios Anteriores

 

lucas fortuna assassinado

Assassinato de 1,3 mil pessoas em seis anos revela que poder público do Brasil pouco faz para enfrentar o problema

O relógio é implacável. A cada intervalo de 28 horas um cidadão ou cidadã homossexual é assassinado no país. Tristemente, gays, lésbicas e travestis mortos se convertem em uma estatística que se conta aos milhares. Os números beiram ao absurdo de um conflito armado.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) organiza essas informações há pelo menos três décadas e os registros têm aumentado nos últimos anos. De 2007 até a primeira semana de dezembro de 2012, o Grupo calcula um total de 1.341 homicídios contra a população LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais).

Somente de um ano para cá, o número de assassinatos cresceu 14%, saltando dos 266 registros em 2011 para 308 esse ano, que ainda nem terminou. Uma estatística que supera, e muito, a média anual de mortes de palestinos ante a intervenção militar de Israel. O Centro de Informação Israelense para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados contabilizou 115 mortes de civis na Faixa de Gaza, no decorrer do ano passado, por exemplo.

O antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, classifica esse tipo de violência como um “homocausto”.

“Lamentavelmente, vivemos um apagão em termos de políticas públicas para a comunidade LGBT e o país se vê incapaz de erradicar a homofobia”, afirma.

Ler mais:

 

NORDESTE, CAMPEÃO DA HOMOFOBIA !

Revista Nordeste VinteUm – click na imagem.
Sem título
A homofobia sangra em solo nordestino. A região é oficialmente a mais homofóbica do Brasil.

 As lésbicas resentam 3% do total de Homocídios,

gays 60% e  37% travestis.

Apesar de número bem inferior, pesquisas revelam que são mais agredidas e violentadas no ambiente familiar.

LÉSBICAS ASSASSINADAS NO BRASIL

Fonte: Grupo Gay da Bahia -

ANO
Lésbicas
19831
19875
19882
19917
19922
19931
19941
19956
19962
19985
19994
20002
20013
20025
20038
20044
20051
20061
20074
20087
20099
201010
20116
201213
TOTAL109

Uma média de 4,5 assassinatos por ano entre 1983-2012. Com certeza o número deve ser um pouco maior, pois faltam informações sobre cinco anos.

Preocupante o incremento da violência letal nos último 5 anos, aumentando para 9 “lesbicídios” por ano! O dobro da média anual nas ultimas três décadas. Nunca antes na história deste  país foram assassinadas tantas lésbicas como em 2012: 13!  e o ano ainda não terminou! Crimes praticados predominantemente por ex-companheiros (namorados, maridos, amantes), a mando de parentes, pela companheira e por envolvimento com drogas.

Lésbicas Assassinadas em 2012 até 24/8

 

matérias completas sobre estes crimes e demais de 2012 cf.   http://homofobiamata.wordpress.com/?cat=217043

 

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Relatório 1º. semestre de 2012: 

165 homossexuais assassinados !!!

Já chega a 165 o número de gays assassinados no Brasil, no primeiro semestre de 2012, conforme levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga entidade de defesa dos homossexuais do País. O número é 28% maior do que o mesmo período do ano passado. Em valores absolutos, São Paulo lidera o número de mortes: 19; seguido pela Paraíba com 15, Bahia com 14, Paraná e Piauí com 10 casos e Rio de Janeiro com 9. O GGB não obteve informações sobre Roraima e Acre. 

Segundo avaliação da entidade, a Paraíba seria o estado mais homofóbico do Brasil por ter uma população dez vezes menor que São Paulo e registrado 15 assassinatos. A região Nordeste é considerada a mais perigosa para os homossexuais por concentrar 1/4 dos “homocídios”, como caracteriza o GGB no levantamento. 

De acordo ainda com o relatório, os crimes de ódio vitimaram a maior parte gays. Foram, 52% do total das 165 mortes. Em seguida vem os travestis, 41% das vítimas. “Proporcionalmente, contudo, as travestis e transexuais, representam o grupo mais vulnerável, pois não chegando a 1 milhão de pessoas, comparativamente aos gays que ultrapassam 20 milhões, foram mortas 65 ‘trans’ e 85 gays. O risco das travestis serem assassinadas é 15 vezes maior do que os gays”, indica o relatório.

O antropólogo paulista Luiz Mott, fundador do GGB e coordenador da pesquisa opinou que, “tais assassinatos refletem sempre grave discriminação anti-homossexual, devendo ser considerados crimes de ódio, motivados pela homofobia cultural que encara os gays e travestis como delinquentes. Prova disto é que são mortas mais travestis do que mulheres prostitutas, cumprindo-se a risca ditado homofóbico repetido de norte a sul do país, ‘viado tem mais é que morrer!’”.

Mott explicou que a entidade realiza o levantamento dos cri mes homofóbicos pelo fato de não haver esse tipo de serviço feito pelo Estado brasileiro. Por essa razão o GGB criou um novo site “Quem a homofobia matou hoje”, (http://homofobiamata.wordpress.com/) que receberá informações e denúncias sobre violência contra homossexuais. Os responsáveis pelo site denunciam a uma suposta homofobia governamental: “É a sociedade civil organizada prestando serviço que é obrigação do governo. A Presidente Dilma, pelo veto ao Kit Anti-Homofobia, por sua omissão e declarações preconceituosas, tem as mãos sujas de sangue desses homossexuais assassinados!” 

O advogado Dudu Michels, responsável pela manutenção desse banco de dados reforça que a estatística deveria ser uma obrigação do Governo Federal. Lembrou que o Planalto “já foi ameaçado de ser denunciado à Comissão de Direitos Humanos da OEA por sua incapacidade em documentar tais crimes e ausência de políticas públicas eficientes para tirar o Brasil do vergonhoso primeiro lugar no ranking de assassinatos de homossexuais”.

Click TABELA GERAL DE ASSASSINATOS 2012 – 1º Semestre

Epidemia crescente do ódio

RELATÓRIO 2012 – GGB

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High Murder Rate for LGBT People in Brazil 

The Gay Group of Bahia, one of Brazil’s leading LGBT activist groups, has for thirty years been compiling and publishing statistics on the murders of LGBT people, based on media reports. These show that Brazil has the highest murder rates for LGBT people in the world.  They have been used by human rights groups in Brazil and abroad to press for greater legal protection.

The latest report shows that there were 338 murders of LGBT people in 2012, including 2 Brazilian trans in Italy.   This means that an LGBT person is murdered every 26 hours in Brazil.

The total for 2012 is 21% higher than in 2011 (266 cases).  The figures break down into 188 gay men (56%), 128 trans (37%), 19 lesbians (5%) and 2 bisexuals (1%).  Trans people are highly marginalised and discriminated against, forced into prostitution to make a living and especially vulnerable to street violence.  Some of the murders involved extreme violence and one of the victims was a well-known gay activist.

The report breaks down the statistics by region, age, race and profession.  It also gives some information on the perpetrators.  In these 338 cases, only 89 culprits were found; in the remaining 73% cases there were no arrests. In many cases, the police refuse to accept that they are faced with a homophobic crime.

Brazilian activists are calling for four measures to reduce this appalling homophobic crime rate: sex education to teach the population to respect the human rights of homosexuals; the passing of laws to guarantee full citizenship to LGBT people, by equating homophobia to the crime of racism; demanding that the police and justice system investigate and severely punish homo- and transphobic crimes; and, finally, warning gay men, lesbians and trans to avoid situations which put them at risk.

To read the full report, just click up here

The report is in Portuguese but the charts are fairly easy to understand.

Please distribute this to anyone who may be interested.

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RELATÓRIO 2011 – GGB

O Grupo Gay da Bahia (GGB),divulgou em seu Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais,que em 2011 Foram documentados 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil, 6 a mais que em 2010, um aumento 118% nos últimos seis anos (122 em 2007). Os gays lideram os “homocídios”: 162 (60%), seguidos de 98 travestis (37%) e 7 lésbicas (3%).

A Bahia pelo sexto ano consecutivo lidera essa lista macabra: 28 homicídios, seguida de Pernambuco (25), São Paulo (24), Paraíba, Alagoas e Minas Gerais com 21 casos cada e Rio de Janeiro, 20. Roraima e Acre não registraram nenhum “homocídio”, e Distrito Federal e Amapá apenas 1.

Proporcionalmente ao número total de habitantes, os estados mais homofóbicos são Alagoas e Paraíba, cuja população conjunta representa 3,6% dos brasileiros e não obstante concentraram 16% destes crimes. O total de mortes registradas nestes dois estados nordestinos (42), é 60% superior a todos os estados da região Norte (27). Rondônia e Tocantins igualmente estão entre os estados mais perigosos: representando apenas 2% da população nacional, aí foram assassinados 5% de LGBT em 2011.

O Nordeste confirma mais esse ano ser a região mais homofóbica do país: abrigando 30% da população brasileira, registrou 46% dos LGBT assassinados. 34% dos “homocídios” ocorreram no Sudeste/Sul, embora abrigando mais da metade de nossa população (54%). Norte/Centro-Oeste, com 16% de nosso contingente demográfico, concentraram 19% dos assassinatos.

Segundo o responsável por este Relatório, o Prof. Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia (UFBa) e fundador do GGB, “a subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de crueldade e sangue”. “Como o Governo Federal se recusa construir um banco de dados sobre crimes de ódio contra homossexuais, baseamos tal relatório em notícias de jornal e internet, que com certeza está longe de cobrir a totalidade desses sinistros” – disse Mott.

Quanto a idade, 4% das vítimas tinham menos de 18 anos ao serem assassinados, sendo o mais jovem um estudante gay paulista de 14 anos. 46% dos LGBT mortos tinham menos de 30 anos, e 11%, mais de 50 anos. A faixa etária que apresenta maior risco de assassinato, 55%, situa-se entre 20-40 anos. A vítima mais velha tinha 73 anos, um idoso de Salvador cuja família não permitiu a divulgação de seu nome nos jornais.

Os homossexuais assassinados exerciam 48 diferentes profissões, confirmando a presença do “amor que não ousava dizer o nome” em todas as ocupações e extratos sociais. Predominam as travestis profissionais do sexo, 72 das vítimas (45%), seguidas de 11 estudantes, 8 cabeleireiros/as, 7 funcionários/as públicos, 5 policiais, 3 padres e 2 pais de santo.

Quanto à “causa mortis”, repete-se a mesma tendência dos anos anteriores, confirmando pela violência extremada, trata-se efetivamente de crimes de ódio: 70 dos assassinatos foram praticados com arma de fogo. Foram registrados, ainda, 67 assassinatos por arma branca (faca, foice, machado, tesoura), 56 espancamentos (pauladas, pedradas, marretadas), 8 enforcamentos. Constam ainda afogamentos, atropelamentos, carbonização, degolamentos, empalamentos e violência sexual , asfixiamentos e torturas.

Nove das vítimas levaram mais de 10 facadas e três mais de 10 tiros. A travesti Idete, 24 anos, de Campina Grande/PB, teve sua execução filmada e divulgada na internet, levando 32 facadas. O cantor gay Omar Faria, de Paraitins/AM, aos 65 anos, foi morto com 27 facadas dentro de sua casa. Crimes de ódio!

Seriam todos esses 266 assassinatos crimes homofóbicos? O Prof.Luiz Mott é categórico em dizer que 99% destes “homocídios” contra gays têm como motivo, seja a homofobia individual (quando o assassino tem mal resolvida sua própria sexualidade), seja a homofobia cultural (que expulsa as travestis para as margens da sociedade onde a violência é mais endêmica), seja a homofobia institucional (quando os governos não garantem a segurança dos espaços frequentados pela população LGBT.”

Mott acrescenta que “quando o Movimento Negro ou Feminista divulgam suas estatísticas, não se questiona se o motivo das mortes foi racismo ou machismo, porque exigir só do movimento LGBT atestado de ódio nestes crimes hediondos? Ser travesti já é um agravante de periculosidade dentro da ótica machista!”, conclui Mott.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) disponibiliza em seu site (www.ggb.org.br) as tabelas em que se baseia este relatório anual assim como o manual “Gay vivo não dorme com o inimigo” como estratégia para erradicar esse “homocausto”.

Somente nesses três primeiros meses de 2012 já foram documentados 104 homicídios contra homossexuais, quase o dobro do ano passado, uma morte a cada 21horas.

No ranking estadual dos assassinatos de homossexuais em 2011, segundo o GGB, o Estado de Goiás ocupa a oitava posição com o registro de 12 homicídios contra pessoas LGBT. Ainda referente ao ano de 2011, na região Centro-Oeste, Goiás é o campeão em registros de assassinatos vitimando pessoas LGBT, seguido pelos Estados de Mato Grosso (8 registros), Mato Grosso do Sul (4 registros) e o Distrito Federal (1 registro).

CLICK ABAIXO PARA VISUALIZAR OS GRÁFICOS E TABELAS:

  download - Grafico 1 

  download - Grafico 2 

        download - Grafico 3 

 

Epidemia crescente do ódio

dados anteriores:

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Tabela geral de assassinatos 2004

Tabela geral de assassinatos 2005

Tabela geral de assassinatos 2008

Tabela geral de assassinatos 2009

Tabela geral de assassinatos 2010

Assassinatos de gays, lésbicas,

travestis e transexuais no Brasil

O Grupo Gay da Bahia entre 1963-2007 documentou no Brasil 2802 assassinatos de gays, travestis e lésbicas, concentrando-se 18% na década de 1980, 45% na década de 1990 e 35% (972 casos) a partir do ano 2000. Segundo suas estatísticas, no ano de 2006 foram assassinados 88 homossexuais no Brasil, sendo 61% gays, 37% travestis e 2% lésbicas. Em 2007 houve um aumento de 30% de casos em relação ao ano anterior, sendo que 122 homossexuais e travestis foram assassinados no Brasil, um a cada três dias. Quanto aos assassinos 80% são desconhecidos e 65% são menores de 21 anos.
O grupo levando em consideração a população de travestis no Brasil, segundo as associações de transexuais e travestis representam cerca de 20-30 mil indivíduos, calcula que a travesti é mais vulnerável a morrer, geralmente vítima de arma de fogo na rua; cerca de 259 vezes mais risco em relação a gays e lésbicas (estima-se uma população em torno de 20 milhões de brasileiros).
O grupo registrou nos últimos anos uma queda acentuada no número de homossexuais assassinados no estado de São Paulo, embora tenha sido até recentemente o estado com maior número de casos por ano (no ano 2000, 21 assassinatos, no ano 2001, 24 homicídios, 2002, 19 homicídios). Em 2005 reduziu-se para 9 homicídios. Em 2007 foram registrados 7 homicídios de homossexuais no estado.
A Bahia é pela primeira vez o estado mais violento (2007), 18 assassinatos e o Nordeste a região mais perigosa: um gay nordestino corre 84% mais risco de ser assassinado do que no Sul e Sudeste. Maioria das vítimas tem entre 20-40 anos. Somente nos três primeiros meses do ano de 2008 o GGB documentou 45 homicídios de gays no país.
Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia diz: “muitos destes crimes foram cometidos com requintes de crueldade, incluindo tortura, espancamento, muitos golpes: crimes de ódio! Mesmo quando se trata de latrocínio, matar para roubar, a fragilidade social dos homossexuais estimula a ganância dos criminosos, geralmente de classe inferior à das vítimas”.
Os dados são reveladores quando a vulnerabilidade de travestis, o GGB mostra que 73% das travestis assassinadas em 2007 eram profissionais do sexo. Segundo o grupo tal predominância se explica devido à prática da prostituição nas ruas e estradas, zonas muito freqüentadas por marginais, as travestis foram em sua maioria assassinadas a tiro (40%) em espaços públicos, enquanto os gays são executados dentre de casa, a facadas (31%).
HOMOSSEXUAIS ASSASSINADOS NO BRASIL: 1963-2007
ANOTOTAL
1963 – 196930
1970 – 197941
1980 -1989503
1990 – 19991.256
2000130
2001132
2002126
2003125
2004158
200581
200688
2007122
Total2802
DE 1963 A 2007: 2802 ASSASSINATOS
O GGB coleta seus dados através de levantamento limitado em jornais e internet. Para o Grupo a falta de estatísticas oficiais sobre crimes de ódio, tais como nos EUA, que possuem coleta rigorosa de estatísticas sobre “hate crimes” colabora para menosprezar os dados. No ano de 2000 registrou 130 homicídios no Brasil, em 2001 respectivamente, 132, em 2002, 126, em 2003, 125, em 2004, 158, em 2005, 81, 2006, 88, em 2007, 122. Para o GGB a redução de crimes no ano de 2005 para 81 homicídios, não se deve a maior tolerância da sociedade diante os homossexuais, antes diz Luis Mott: “estes números são apenas a ponta de um pavoroso iceberg de ódio e sangue. Não estamos sendo vitimistas nem exagerando ao indicar que certamente todo dia ao menos um homossexual é assassinado no Brasil, embora tais informações nem sempre cheguem até os militantes. Prova disto é que em 2004 foram registrados 158 crimes e em 2005 este número baixou incrivelmente para 81 – infelizmente não porque estamos conseguindo erradicar o ódio homofóbico ou porque os gays estão se cuidando mais. Tal redução pela metade se deveu à suspensão do “clipping” semanal sobre homicídios, devido à falta de financiamento para a manutenção desta pesquisa”.
No ano de 2007 faltaram informações sobre 4 estados: Rio Grande do Sul, Amapá, Rondônia e Roraima, ainda assim, o relatório compõem o quadro mais amplo sobre assassinatos de homossexuais no Brasil, sendo o principal documento mundial sobre crimes homofóbicos, seus dados são citados tanto pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos quanto pelo Departamento de Estado dos EUA.
O grupo alerta que o Brasil é campeão em assassinatos de gays, travestis e lésbicas; no México, por exemplo, foram 35 assassinatos; nos EUA, que possuem estatísticas oficiais de crimes de ódio foram 25 assassinatos em 2007.
HOMOSSEXUAIS ASSASSINADOS POR ESTADO – 2001

ESTADO

GAYTRAVESTILÉSBICATOTAL
SP1311-24
PE79-16
BA113-14
DF92-11
AM7119
MG81-9
PR43-7
PB4-15
RJ32-5
AL13-4
MT31-4
SE21-3
RN3--3
RS3--3
PA3--3
CE2-13
ES11-2
GO2--2
PI11-2
SC11-2
MS-1-1
TOTAL88413132
HOMOSSEXUAIS ASSASSINADOS POR ESTADO – 2002

ESTADO

GAYTRAVESTILÉSBICATOTAL
1. BA172120
2. SP712-19
3. PE132116
4. AM84-12
5. PR74-11
6. GO7119
7. MG6--6
8. PI3115
9. RS41-5
10. SC31-4
11. CE3--3
12. RJ21-3
13. AL2--2
14. ES2--2
15. MT2--2
16. PA11-2
17. RN11-2
18. MA1--1
19. PB1--1
20. RO-1-1
TOTAL90324126
HOMOSSEXUAIS ASSASSINADOS POR ESTADO: 2005
ESTADOGAYTRAVESTILÉSBICATOTAL
( )3--3
SP63-9
BA43-7
RJ83112
GO43-7
PE32-5
SC31-4
CE51-6
PB3--3
AM3--3
MT31-4
TO2--2
SE2--2
PR-2-2
MG11-2
RS2--2
RN1--1
ES1--1
MS1--1
PA1--1
MA-4-4
Total5624181
Fonte: Grupo Gay da Bahia

CONFIRA OS RELATÓRIOS DO GRUPO GAY DA BAHIA
Assassinatos de homossexuais no Brasil em 2007:
Assassinatos de homossexuais no Brasil em 2005:
Assassinatos de homossexuais no Brasil em 2002:
Assassinatos de homossexuais no Brasil em 2001:
Fonte:http://homofobiamata.wordpress.com/estatisticas/relatorios/

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