EDUARDO CAMPOS ESTARIA ENROLADO EM PROPINAS NA LAVA JATO


DELATOR ACUSA EX-SÓCIO DE CAMPOS DE NEGOCIAR PROPINA DE R$ 20 MILHÕES COMO "CAIXA 2" PARA A CAMPANHA



EDUARDO CAMPOS ESTARIA ENROLADO EM PROPINAS NA LAVA JATO


sábado, 24 de outubro de 2015


"O Ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton dos Santos Avancini afirmou ter se encontrado em 2010 com o empresário Aldo Guedes Álvaro no shopping Iguatemi, em São Paulo, para acertar o suposto pagamento de propina que seria para abastecer o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Ele é investigado pela Polícia Federal por suspeita de ser o verdadeiro dono do jatinho usado pelo presidenciável, seu sócio na Fazenda Esperança, área de 210 hectares, e na Agropecuária Nossa Senhora de Nazaré, em Brejão (PE).

Do "Brasil 247"

Em delação premiada, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton dos Santos Avancini afirmou ter se encontrado em 2010 com o empresário Aldo Guedes Álvaro no shopping Iguatemi, em São Paulo, para acertar o suposto pagamento de propina de R$ 20 milhões. O dinheiro seria para abastecer o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), segundo reportagem de Mateus Coutinho e Andreza Matais.

Campos morreu em um acidente aéreo em Santos (SP), em agosto de 2014, durante a disputa.

O suposto repasse também foi mencionado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.

Ex-sócio de Campos, Aldo Guedes Álvaro é investigado pela Polícia Federal por suspeita de ser o verdadeiro dono do jatinho usado pelo presidenciável. Ele era também seu sócio na Fazenda Esperança, área de 210 hectares, e na Agropecuária Nossa Senhora de Nazaré, em Brejão (PE) - 

Leia mais:

Ex-sócio de Eduardo Campos negociou propina de R$ 20 milhões na Petrobrás, diz delator

Por MATEUS COUTINHO,ANDREZA MATAIS,JULIA AFFONSO E RICARDO BRANDT, do "O Estado de São Paulo" 

"Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, relatou encontro em shopping com empresário que era próximo ao ex-governador onde teria sido discutido repasse para caixa 2 da campanha ao governo de Pernambuco


Da esquerda para a direita, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos

O ex-presidente da Camargo Corrêa e delator da Lava Jato, Dalton dos Santos Avancini, afirmou aos investigadores da operação ter se encontrado em 2010 com o empresário e ex-sócio de Eduardo Campos.Aldo Guedes Álvaro no shopping Iguatemi, em São Paulo, para acertar o suposto pagamento de propina de R$ 20 milhões da empreiteira para abastecer o caixa 2 da campanha à reeleição do então governador de Pernambuco.

Eduardo Campos morreu em um acidente aéreo em Santos (SP), em agosto de 2014, durante a campanha à Presidência da República.

Documento: O DEPOIMENTO DE DALTON AVANCINI PDF

A primeira citação aos R$ 20 milhões foi feita pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, primeiro delator da Lava Jato – ele citou deputados, senadores, governadores e ex-parlamentares que teriam sido beneficiários de recursos ilícitos tirados de contratos de empreiteiras com a estatal petrolífera.

Aldo Guedes Álvaro é investigado pela Polícia Federal por suspeita de ser o verdadeiro dono do jatinho usado na campanha de Campos no ano passado e também foi alvo de buscas durante a "Operação Politeia", desdobramento da "Lava Jato" que investiga políticos no Supremo Tribunal Federal. Após a operação, em julho, o empresário deixou o cargo de presidente da Companhia Pernambucana de Gás, Copergás, estatal de Pernambuco, Estado atualmente administrado por Paulo Câmara (PSB), herdeiro político de Campos.

Homem de confiança de Campos, Guedes era seu sócio na Fazenda Esperança, área de 210 hectares, e na Agropecuária Nossa Senhora de Nazaré, em Brejão (PE). Ele também é casado com uma prima da família.


Dalton Avancini. Foto: Reprodução/Camargo Corrêa/Edson Jr./Governo de SP

‘Contribuição’

No encontro, relatou Avancini, Aldo teria cobrado a “contribuição” de R$ 20 milhões e afirmado que ela havia sido prometida pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa. O valor deveria ser pago pelas empresas que tinham conseguido contratos nas obras da Refinaria de Abreu e Lima, megaempreendimento da estatal no Estado de Pernambuco, dentro do esquema de corrupção instalado na Petrobrás.

Na época diretor de Óleo e Gás da Camargo, Avancini afirmou a Aldo que a empresa não teria condições de arcar com esse valor, o que teria deixado Aldo contrariado. “Que, observa que Antonio Miguel Marques (na época presidente da Camargo), ao que recorda, lhe informou que o teto máximo da contribuição a ser fornecida pela Camargo seria de 12 milhões de reais; que, ao informar a Aldo Guedes qual seria o teto da contribuição da Camargo, Aldo ficou contrariado e disse que isso não era o combinado, todavia acabou aceitando a proposta e mencionou que o valor deveria ser disponibilizado rapidamente”, relatou o executivo aos investigadores.

Avancini então respondeu que não poderia fazer a transferência tão rápido pois ”iria ser estudada uma forma de realizar o repasse”. Apesar de contrariado, Aldo Guedes acabou aceitando. Posteriormente, segundo o delator, a tarefa de viabilizar o repasse da propina foi encaminhada ao então gerente de contrato da Camargo Corrêa para a RNEST, Paulo Augusto Santos da Silva. O valor repassado para o caixa dois teria sido, então de R$ 8,7 milhões por meio de um contrato de fachada da empreiteira com a empresa Master Terraplenagem.

A Camargo Corrêa vem colaborando com as investigações da Lava Jato e tem evitado comentar as delações de seus executivos. A reportagem entrou em contato com o PSB, mas não obteve retorno do partido até a conclusão do texto. Quando questionado sobre a suposta propina a Campos, a sigla afirmou por meio de nota:

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) informa que todos os recursos que financiaram as campanhas de Eduardo Campos para o governo de Pernambuco foram arrecadados legalmente. Inclusive, a conta referente a 2010 foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

A reportagem tentou contato por telefone com Aldo Guedes Álvaro, mas o empresário não atendeu as ligações e nem retornou as mensagens. A reportagem também entrou em contato com o escritório do advogado de Aldo, mas não conseguiu falar com ele."


FONTES: do portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/pernambuco247/202133/Delator-acusa-ex-s%C3%B3cio-de-Campos-de-negociar-propina-de-R$-20-mi.htm) e do jornal "O Estado de São Paulo"  (http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/ex-socio-de-eduardo-campos-negociou-propina-de-r-20-mi-na-petrobras-revela-delator/).

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