ZICA,DE DOENÇA MISTERIOSA A EMERGÊNCIA GLOBAL POR MICROCEFALIA,EM 13 MOMENTOS-CHAVE

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Zika: De doença misteriosa a emergência global por microcefalia em 13 momentos-chave

Há um ano, profissionais da saúde na Bahia reportaram casos de pacientes com manchas avermelhadas pelo corpo. Em um primeiro momento, a suspeita era de um novo tipo de dengue. Mais tarde, o diagnóstico confirmado foi outro: contaminação por um vírus sobre o qual pouco se sabia, o zika.
Passado um ano dessas primeiras notificações, a doença passou a ser identificada em cada vez mais municípios e, meses depois, foi descoberta a relação entre o vírus e um aumento nos casos de microcefalia entre bebês.
Nesta segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o avanço da microcefalia ligada ao zika vírus nas Américas uma emergência internacional.
Veja como foi a evolução do zika e da microcefalia em 13 momentos cruciais:
  • Maio de 2015 - Doença provoca manchas avermelhadas

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Desde fevereiro de 2015, profissionais de saúde da Bahia notificaram casos de uma doença que provocava manchas avermelhandas na pele. A primeira suspeita era a de que a doença fosse um novo tipo de dengue. Em maio, o governo estadual confirmou um surto da doença causada pelo zika vírus.
  • Setembro de 2015 – ‘Paciente-zero’: gêmeo com irmão saudável

Image captionNeuropediatra Vanessa Van Der Linden Mota e a mãe, que também é médica, começaram a notar os primeiros casos e alertar colegas (Foto: BBC)
Após identificar um aumento do número de casos de má-formação entre bebês, a neuropediatra pernambucana Vanessa van der Linden Mota alertou outros colegas e, em setembro, levou o caso ao secretário de saúde do Estado. Foi então criada uma equipe para entender o que estava acontecendo.
O primeiro caso que despertou a atenção da dra. Vanessa foi o de dois gêmeos, em que um dos bebês nasceu normal e o outro, com microcefalia. Ele é o considerado o “paciente zero” da epidemia.
  • 11 de novembro de 2015 - Estado de emergência em Pernambuco <span >

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Após identificar mais de 140 casos de microcefalia em 44 municípios, o Ministério da Saúde de decretou emergência em saúde pública. Casos suspeitos em outros estados do Nordeste são investigados.
  • 12 de novembro de 2015 – “Não engravidem”

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Neste dia, o diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse: “Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que pode ser dado.” No dia seguinte, o ministério divulgou uma nota dizendo que não havia recomendação para se evitar a gravidez, afirmando que as gestantes deveriam discutir cada caso com seus médicos.
  • 17 e 18 de novembro de 2015 – Confirmação da zika como principal hipótese pra microcefalia

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A Fiocruz divulgou o resultado de exames que atestaram a presença do zika vírus no líquido amniótico de gestantes cujos bebês tinham microcefalia. Em seguida, o Ministério da Saúde informou que a epidemia de contaminação por zika vírus registrada no primeiro semestre era a "principal hipótese" para explicar o aumento dos casos de microcefalia na região Nordeste.
O ministério confirma que o surto já era tratado como epidemia.
  • 21 de novembro - Epidemia se espalha e Dilma anuncia força-tarefa

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O diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, diz que a microcefalia pode se espalhar pelo país. A presidente Dilma então anuncia criação de força-tarefa, um gabinete interministerial com especialistas em saúde pública, para decidir sobre medidas para evitar que surto se espalhe.
  • 25 e novembro de 2015 – Polinésia investiga zika e microcefalia

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O governo da Polinésia – território ultramarino da França – anunciou que estava investigando uma possível relação entre o zika vírus e casos de má-formação em bebês. A população local sofreu com uma epidemia de zika entre 2013 e 2014.
  • 28 de novembro de 2015 - Governo confirma relação entre o zika e a microcefalia

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O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o surto de microcefalia no Nordeste e o zika vírus, após resultados de exames feitos pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), de um bebê nascido no Ceará. Foi identificada a presença do zika no sangue e em tecidos do bebê.
  • 12 de janeiro de 2016 – EUA confirmam primeiro caso de zika

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Um paciente do Texas é o primeiro caso registrado de vírus zika nos Estados Unidos. Ele teria contraído a doença após uma viagem para a América Latina. Dias antes, Em 31 de dezembro, um primeiro caso da doença foi registrado em Porto Rico. Autoridades da ilha – que integra o território americano – afirmaram que o paciente não viajou recentemente, o que descartaria a possibilidade de que tenha contraído a doença no exterior.
  • 16 de janeiro de 2016 - EUA confirmam primeiro caso de microcefalia ligada ao zika

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O primeiro caso de bebê nascido com microcefalia ligada ao zika em nos Estados Unidos foi confirmado pelo Departamento de Saúde americano. A mãe do bebê havia estado no Brasil em maio do ano anterior, quando possivelmente havia sido infectada pelo vírus zika. Um teste feito pelo CDC, agência do governo americano para controle e prevenção de doenças, comprovou a presença do vírus.
  • 20 de janeiro de 2016 – Colômbia pede que casais evitem gravidez

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Por causa do zika, a Colômbia pediu que casais adiassem planos de ter um filho. "Considerando a atual fase em que se encontra a epidemia do zika vírus e o risco que ela traz, recomenda-se que os casais que vivem em território nacional evitem gestações durante essa fase, que pode se estender até o mês de julho de 2016."
  • 28 de janeiro de 2016 – Zika rouba cena em cúpula latino-americana e OMS faz novo alerta

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O problema da rápida disseminação do zika vírus roubou a cena na quarta Cúpula da Comunidade Latino-Americana e do Caribe (Celac), que reuniu representantes de 33 países da região em Quito, no Equador.
Na mesma data, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, classificou como "alarmante" a velocidade com que o vírus está se espalhando no mundo, anunciando a previsão de que o vírus poderia afetar até 4 milhões de pessoas somente neste ano, com até 1,5 milhão de vítimas no Brasil.
  • 29 de janeiro de 2016 - Governo autoriza entrada à força em casas abandonadas

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Em um esforço para combater o mosquito Aedes aegypti, o governo brasileiro decidiu autorizar a entrada forçada de agentes em imóveis abandonados ou sem ninguém para permitir o acesso deles quando houver risco de existência de criadouros no local.
A medida provisória que autoriza a ação foi assinada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, dia 29/1, e publicada nesta segunda no Diário Oficial da União. Se ninguém for localizado para permitir a entrada dos agentes na casa, eles só poderão entrar à força após terem feito duas visitas, com notificação prévia, em um intervalo de dez dias.
  • 1º de fevereiro de 2016 – “Emergência internacional”

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Após discutir aspectos relacionados ao risco da proliferação da microcefalia ligada ao zika vírus nas Américas, a OMS decretou situação de "emergência de saúde pública de interesse internacional" para os casos de má-formação e de disfunções neurológicas. Com isso, a organização espera facilitar a mobilização de dinheiro, recursos e conhecimento científico para o combate à doença.
Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160128_zika_virus_microcefalia_trajetoria_mdb

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